sábado, 15 de outubro de 2016

Melanie

Melanie colocou o casaco para conservar o calor da casa e saiu. O céu nublado dava um aspecto pálido ao seu tênis amarelo e à pulseira que ganhara da mãe havia dois aniversários.

Tom tinha 20 anos quando ajudou a colocar os papéis que a moça deixou cair enquanto, distraidamente, atravessava a rua.

 - muito obrigada – disse a Melanie que corou quando viu o rosto do desconhecido.

- por nada... é... eu... tchau! – igualmente corado, o rapaz saiu correndo. Porém parou, deu meia volta e se apresentou – Meu nome é Tom, prazer.

Assustada com aquele homem desconhecido, Melanie hesitou para apertar a mão que o moço levantara.

- prazer, Melanie. Muito obrigada de novo por ter me ajudado.

- isso foi nada – disse Tom enquanto pensava em como chamar aquela mulher para sair – eu gosto de ajudar as pessoas.

 - então que bom que você estava por perto, algum motorista barbeiro não poderia ter me visto no meio da rua – Melanie deu uma risada meio sem graça

Tomando coragem, tom então diz: “eu poderia te acompanhar seja lá onde você está indo”
Pensando antes de responder e já com a resposta, Melanie nega a proposta do rapaz e pede o número de telefone dele para que os dois marquem no final de semana para irem a algum lugar.




Ela acorda com as pernas e braços amarrados por um cinto. Olha em volta e não vê nada além de uma luz de um teto caindo aos pedaços. Suas roupas estão rasgadas e com um cheiro azedo de medo. Tom se aproxima e desamarra o pedaço de pano que Melanie nem reparara que estava preso ao seu maxilar.

- Sua mãe nunca te ensinou a não falar com estranhos? – disse aquela figura sombria que Melanie não mais conhecia.

Estas foram suas ultimas palavras naquela noite. O que saia da sua boca após a frase provocadora foi uma mistura de gemidos com urros demoníacos. 

Ele puxou o cinto desfazendo-o com um movimento. A menina saiu daquela posição fetal, mas não conseguia se mexer, apenas chorar. Sem resistência, Tom puxou seu pênis para fora e deslizou a mão por entre a perna daquele corpo sem alma. Tirou sua calcinha e montou em cima de Melanie.

A cada movimento para frente e para trás ele gemia e ela ficava cada vez mais calada. Ele dava tapas no rosto dela e fazia sons para assustar a menina e tentar arrancar-lhe uma reação que fosse. Não demonstrar medo ou subalternidade é o pior castigo para um estuprador. Mas tom não se importava muito, aquele garoto que corou e gaguejou quando viu Melanie estava apreciando comer a vitima.
 
Ele havia planejado apagar Melanie com um boa noite cinderela desde o momento em que ela negou o pedido do rapaz de lhe acompanhar no dia. Como pode uma mulher pegar o número de um homem e querer marcar um encontro? Isso é uma afronta à sua masculinidade. No momento Tom só queria mostrar à moça como ser uma mulher de verdade, saber quem é que manda. Quem dá pra quem quando um mandar.

Aquele ato interminável e cheio de torpor na cabeça de Melanie estava acabando. A figura masculina terminou ser serviço lá em baixo. Pegou o corpo repousado da moça, tirou do galpão abandonado e levou-o para o carro. Perto da margem dum rio próximo escreveu seu nome com uma faca no braço de Melanie que com essa nova dor começou a se debater.

Sem dizer nada e vendo, sem efeito, a moça tentar fugir, Tom segue a passos lentos até o porta-malas de seu carro, pega uma machadinha e se aproxima da vitima. Admirando aquele rosto com medo, com os olhos cheios de lagrimas e lábios tremendo ele lentamente levanta a arma por sobre a cabeça e, já com alguma velocidade, grita e desfere um golpe no pescoço de Melanie.

O golpe não fora tão forte, mas foi o suficiente para fazer a mulher agonizar e afogar com seu próprio sangue. Após o trabalho finalizado, Tom chutou o corpo e viu, com medo de não ser descoberto, o corpo de Melanie escorregar sobre as águas vermelhas do corpo d’água, pensando que o que havia feito foi uma boa lição.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Por que nao tem nada.

Descobri que não sei escrever como achava.
Apenas sou um leitor e um, medíocre, "fazedor" de prova.
Au revoir.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

BoJack Horseman

Semana passada eu assinei a Netflix.
Logo no começo, na página inicial, avistei uma série que um site indicou assistir (não me lembro qual site).
Pois bem, era BoJack Horseman, uma série animada que define com a frase: trocadilhos com nomes de famosos de Hollywoo.
Sim, Hollywoo, em dado episódio o personagem principal, BoJack, rouba o "D" do famoso letreiro. E dá-lhe piada "with the 'D'".
Essa peripécia acaba gerando um filme, é, um filme sobre o roubo do D. Uma comédia romântica, dirigida pelo Tarantino, aqui na versão Tarântula.
Um das coisas que vc persegue ao longo das temporadas, é como fatos soltos, como a semelhança de Todd (residente da casa de BoJack) com um príncipe de um país fictício do leste europeu.
Este príncipe, quando vai aos EUA pra uma viajem qualquer, troca de lugar com o amigo de BoJack, a lá roteiro de filme juvenil de meados da primeira década do século XX (puff puff...).
Esse fato, essa interligação dos fatos da série me lembrou muito Breaking Bad. Nada é por nada.
Isso não é um review ou análise super detalhada, mas um "exércicio que devemos exercer" com mais frequência, falar bem de algo que você goste.
Eu gostei muito de BoJack Horseman, a série é original da Netflix, e sabemas o quão pouco ela erra.
Por último, algo que também chama atenção é a carga emocional que todos os personagens carregam, eles refletem a vida adulta do mundo real.

Regular BoJack viewers 6 have reported an odd affliction coming over them directly after binge-watching a season. A general feeling of hopelessness plagues those who exit the other side of the show, a nagging fear that everything is most certainly not alright and that without serious change, things will not become alright in the near future. It’s a common ailment, but not without its cure. And like the flu vaccine, we inure ourselves against the shows miserablist infection using a small dose.

Charles Bramesco at http://randomnerds.com/the-fearless-pessimism-of-netflixs-bojack-horseman/

Um bando de pessoas (ou cavalos, ou gatos, ou cachorros) que fingem estar bem, enquando a cada dia sofrem e vão acumulando tudo aquilo que os fazem mal.

P.s. Não foi um texto muito complexo, pois ele é parte de uma tarefa que estou fazendo pra ser alguém melhor. Melhor para mim.